1 de mai. de 2010

CRONICAS 11

Crônica louca de um estudante estupidamente perturbado e sonolento contando suas histórias inquietantes ocorridas no atelier de design

A vida de um estudante de design é uma coisa engraçada. Acredite, você pode muito bem acordar um dia e dizer: “hey! Quero ser designer”. Sim, por que não? Aí você começa a ver coisas que não via antes. Não, não falo de espíritos. Falo de design. Você começa a reparar em tudo e ver tudo e analisar tudo. Será que isso é possível? Bem...foi assim comigo. E aí? E aí que agora sou estudante de design gráfico do IFPE. Interessante curso. Interessantes pessoas. interessantes salas. “salas?”. Sim. Salas. E uma delas em especial. O atelier.
Todo estudante de design gráfico, do ifpe, que se prese, tem aventuras que rolaram naquele atelier. Momentos de tensão. Momentos de felicidade. Momentos que você tinha que montar uma super embalagem de cd e pensou: “maldito seja eu por querer ser designer”. Momentos que você se sentia o maior profissional do mundo ao mostrar a sua super embalagem de cd ao professor e ele disse: “maravilhoso, rapaz”. Momentos que você se dá conta que tudo era um sonho e que na verdade o professor disse a você: “meio quadradoso demais, não?”. Momentos, momentos, momentos.
Por falar em momentos, lembro de algumas histórias do atelier. Certa vez, um aluno do curso vai ao IFPE algumas horas depois do término das aulas e não havia ninguém pelos corredores do bloco E. Ele vai em direção ao atelier. Escuta um barulho estranho seguido de risadas frenéticas. Acha esquisito. Desce para comprar uma água e se tranqüilizar. Volta então ao bloco E e mais uma vez se direciona ao atelier. Quando chega na porta, nota uma mancha vermelha no vidro. “Sangue?!”, ele pensa. Nesse momento, chega um outro aluno, do instituto, e para ao seu lado.
- Algum problema aí, cara? – o outro aluno pergunta.
- O que?! Problema? – ele responde como um reflexo de seu nervosismo.
- É. Problema. Você ta aí com uma cara de assustado. Tas xeretando o atelier por que? Que é que tu quer?
- Então...vim terminar um trabalho aqui e me deparo com essa mancha de sangue no vidro da porta.
- Sangue? Ta maluco é, meu irmão? – ele retruca passando o dedo na mancha e depois passando na língua. – Isso é ketchup, tabacudo.
- Acho que alguém tem sérios problemas em mirar o ketchup na coxinha, hein?
- Não seja estúpido. Não ta na cara que isso foi feito na gravação de um curta?
- Não?!
- Escuta, cara. Não se meta a engraçadinho comigo.
- Nervosa?
Nesse momento uma pequena briga se inicia. Troca de socos e chutes e cabeçadas e tapas. Um deles é atingido por um dedo no olho.
- Ei! No olho é fuleragem!
O aluno machucado resolve então pegar seu celular e liga para a mãe contando a estória da dedada. Ao terminar a chamada com a mãe, o estudante guarda o celular e sorri malignamente olhando para o outro rapaz. A briga recomeça e logo um dos rapazes acerta um peteleco no mamilo do adversário.
- Ahh, vai jogar sujo, hein?
- Minha mãe quem mandou.
Novamente a briga recomeça. Uma briga que vai se tornando cada vez mais feia. Socos trocados e sangue voando. Chutes trocados e sangue voando. Cada vez mais feia a briga fica. Dentes voando, das bocas dos dois alunos, pelo corredor do bloco E. Cada vez mais feia. Cada vez mais feia. Aí, enquanto brigam, eles trocam xingamentos, impossibilitados de serem transcritos, até que:
- Você não sabe nem dançar YMCA.
- Melhor que você até.
- Quero ver!
A briga é então interrompida por uma disputa coreográfica que logo é interrompida pela chegada do diretor que suspende os dois alunos porque prefere “Earth, Wind & Fire” a “Village People”.
Não sei até onde essa história é verdade. Até porque, venhamos e convenhamos, “Earth, Wind & Fire” não chega aos pés do “Village People”. Certo?

3 comentários:

Raul Souza disse...

escrevi essa para um fanzine comemorativo do curso de design

Raísa Feitosa disse...

eita!
ele atualizou.
que bom :)

hen, ja comentei essa.

ox, perdesse hoje no atelier, foi massa massa massa. ia dar material p uma cronica.

elton é um bis - você come e quer outro / ele nasceu numa caixa de bis :D com varios iguais, mas ele foi escolhido.

alê é um ouro branco - embalagem que tem algo de imponência, mas quando tirada é igual a todos e com diferentes camadas até chegar ao recheio.
e bruna é o moça, da uma mordida e derrete preguiçosamente na boca.

eita.,faltou você.,
eu diria que vc é um daqueles chocolates com licor dentro.
tem uma embalagem simples mas diferente, parece um chocolate comum mas na primeira mordida até o final surpreende
= raul deixa a pessoa bebada iuaheuiaheuiahe acho otimo xD

Unknown disse...

kkkkkkkkkkk massa ms=aa